Há uma semana na face Norte do Monte Everest, o montanhista
Rosier Alexandre tem enfrentado dificuldades para se comunicar. Após três dias
sem dar notícias, devido ao clima instável, com intensas tempestades de vento,
Rosier, que já se encontra no chamado Acampamento Base Avançado (a 6.400m acima
do nível do mar), relata que a expedição rumo ao topo do Everest está a todo
vapor.
Nos próximos dois dias, o montanhista deve subir para o
Campo Avançado (a 7.000m), no qual iniciará o uso de oxigênio suplementar,
retornando, em seguida, para uma altitude inferior para recuperação, descanso,
e partida direta ao cume. Este processo faz parte do processo de aclimatação,
que expõe o corpo a uma altitude mais elevada e, depois, a uma mais baixa, favorecendo
a recuperação física.
“Faz três noites que estamos a 6.400m de altitude no
Everest, e, com certeza, este é o trecho onde há maior dificuldade climática,
com fortes rajadas de vento. Já tivemos duas barracas quebradas, destruídas,
por causa das tempestades, que são muito mais severas durante a noite. Estamos
com expectativas que, no próximo acampamento, o clima esteja mais favorável.
Estou bem, mas sinto meu corpo todo quebrado, devido às noites mal dormidas por
aqui. Tive minhas mãos congeladas duas vezes, mas, até agora, tudo sob
controle”, conta.